Creluz

20180217

RGE encontra 164 ligações clandestinas em Palmeira das Missões

Para garantir a segurança da população e evitar danos na rede de distribuição das 255 cidades de sua área de concessão, a Rio Grande Energia (RGE), executou em todo ano passado 77.392 inspeções em sua rede de distribuição para detectar adulterações e conexões clandestinas, os populares gatos. Deste total, 18.356 mil delas identificaram algum tipo de problema, correspondendo a 23,7% do total.

O objetivo principal desta ação, contínuo em todas as distribuidoras do Grupo CPFL Energia, é evitar acidentes com a população com as ligações precárias e que não observam os padrões e normas técnicas. Esse tipo de prática, além de crime tipificado no Código Penal, compromete todo o sistema de abastecimento das cidades, uma vez que pode ocasionar falhas e sobrecargas na rede.

No ranking estadual, Caxias do Sul aparece em no topo da tabela com maior número de irregularidades. De 10.290 inspeções realizadas, foram apontadas 2430, um percentual de 23,6%. Palmeira das Missões está na 17ª posição. Em 743 inspeções foram encontradas 164 ligações clandestinas (22,1%).

De acordo com o gerente de Serviços de Recuperação de Energia da RGE, Alexsandro da Silva Souza, em 2017 foram intensificadas as ações conjuntas com as delegacias especializadas da Polícia Civil gaúcha. Todos os dias, em média, 50 clientes foram flagrados e autuados em flagrante pela Polícia pelo furto de energia elétrica na área de concessão da RGE. Mesmo que as ações policiais tenham foco principal os clientes comerciais e empresariais, as operações da distribuidora também abrangem os clientes residenciais, que integram a maior parcela dos clientes ativos.

Alexsandro explica que nas inspeções nas unidades consumidoras, quando há o flagrante de irregularidades, são feitos os cálculos da quantidade de energia furtada e o consumo que não passou pela medição é cobrado. "Além disso, as ações da gerência incluem o desligamento de ligações em invasões e áreas não regulamentadas pelo poder público. O modelo utilizado atualmente é tão eficiente que é uma questão de tempo para identificar quem frauda ou furta energia elétrica”, explica Souza.

Para identificar os fraudadores, além das inspeções de campo, os profissionais trabalham com o cruzamento de dados de consumo e inteligência artificial, que permitem identificar com mais precisão possíveis fraudes. As operações para erradicar a prática do furto de energia são fundamentais para evitar curtos-circuitos que afetam a rede e que, em muitos casos, podem provocar o desligamento e a queima de equipamentos e eletrodomésticos de toda uma vizinhança.

Segundo o Engenheiro de Segurança do Trabalho Líder da RGE, Mauro Thompsen Passos, ao fazer um gato, o morador coloca em risco a segurança da sua residência e de seus vizinhos, uma vez que as procedimentos na rede são feitos por profissionais treinados e dentro dos padrões e normas técnicas determinadas pelo órgão regulador. “A ligação clandestina é extremamente prejudicial porque a energia está saindo da rede e chegando até a residência ou comércio de maneira insegura, sem os cabos e medidores corretos. As chances de curtos-circuitos são grandes”, afirma Passos.

As ligações irregulares também são responsáveis pela sobrecarga da rede de energia elétrica que deixa o sistema de distribuição mais suscetível à interrupção. A regularização destes clientes não apenas traz cidadania para essa parcela da população, como também beneficia todos os consumidores com um serviço de melhor qualidade.

Diante desta realidade, a campanha “Chega de Choque” é divulgada pelo Grupo CPFL (controlador da RGE) em uma iniciativa que a alerta a população sobre os riscos do convívio inadequado com a rede elétrica e a redução dos acidentes. A campanha, desenvolvida ao longo do ano passado, envolveu a divulgação de conteúdos sobre segurança em rádios, Facebook e banners de internet, anúncio em jornal e carro de som. O Grupo CPFL realizou, ainda, diversas blitze pelas cidades de suas áreas de concessão, com a distribuição de folders e materiais alusivos para o engajamento da população e profissionais que trabalham na área de construção civil.

Fazer gato de energia é crime

O Código Penal (CP), em seu artigo 155, em seu § 3.º, trata especificamente do furto de energia elétrica como sendo ato criminoso, que pode culminar em pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa.

Consciência cidadã

A instalação legal do medidor de energia elétrica em um estabelecimento, além de beneficiar o consumidor, assegurando a leitura exata do consumo de luz daquela unidade, ainda garante ao cidadão o reconhecimento legítimo de endereço de moradia quando a comprovação desta for solicitada.

Para reduzir o furto de energia, a RGE mantém um programa constante de inspeções. Há vários canais de denúncia para casos de fraudes e furtos, por meio dos quais é possível passar as informações sem a necessidade de identificação do denunciante. Confira:

denunciafraude@cpfl.com.br

0800-707-7272 (RGE Sul)(Fonte: Tribuna da Produção)

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