Creluz

20190322

Transplante de córnea é realidade na região



Cerca de um mês depois de autorizados a fazer transplantes de córnea, os profissionais do setor de oftalmologia do Hospital Santo Antonio (HSA) de Tenente Portela comemoram o primeiro transplante realizado pela equipe. “Era um caso de urgência, se não fosse feita a intervenção, o paciente perderia o olho. Um caso grave de úlcera de córnea perfurada com hérnia de íris e luxação de cristalino. Fizemos a solicitação e em menos de 24 horas, recebemos a córnea a ser transplantada. A cirurgia foi de duas horas, mas poder recuperar um olho que certamente seria perdido, se não contássemos com o serviço aqui, não tem preço”, contou o médico oftalmologista e especialista em transplantes de córnea, Heron Gomes Correia.

O procedimento ocorreu no último dia 13 de março e é uma conquista da casa de saúde que implantou os atendimentos oftalmológicos em 2009, sendo uma referência para a região desde então. “E um marco para o HSA, para os profissionais e também para a região que já poderia ter quantas visões recuperadas e salvas não fosse a dificuldade em conquistar atendimento rápido e de qualidade”, ponderou a presidente do hospital, Mirna Brauks.

O serviço, de alta complexidade, complementa todos os demais já ofertados, hoje, pela casa de saúde. “Agora, fechamos um ciclo da alta complexidade nos atendimentos oftalmológicos no Santo Antonio. O transplante veio para coroar esse serviço ofertado gratuitamente à população, só não temos a oncologia oftalmológica porque nos falta um oncologista, os demais serviços são todos atendidos aqui, mais perto de casa, o que antes o paciente não tinha acesso, ou ia para Porto Alegre ou pagava caro para conseguir. Sem dúvidas um golaço para o atendimento oftalmológico da região”, observou o médico.

O transplante
Com pouco mais de 30 anos, o paciente chegou para atendimento no HSA com o olho bastante comprometido, como conta o médico. “Era um caso que se não tivéssemos como fazer a cirurgia, ele perderia o olho. Há transplantes que são eletivos, mas a população que certamente será a maior beneficiada, aqui na região, é a afetada pelos traumas e casos urgentes em que horas são extremamente importantes na manutenção da estrutura ocular. Este foi um desses casos, em que conquistamos nosso maior objetivo que era manter a estrutura do olho. A visão não ficará 100%, mas o paciente não perdeu o olho”, explicou Correia.

O HSA vai atender também pacientes que precisam de transplantes eletivos, agilizando acesso à fila de espera e também possibilitando uma recuperação mais perto de casa. “Eu brinco que fazer transplante é quase como um casamento, tem que ser monitorado de perto. Imagina esses pacientes terem isso a 500 ou a 50 quilômetros. É uma diferença e tanto”, reforçou o médico. (Fonte: Heloise Santi/Folha do Noroeste)

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