Ataques a tiros contra três unidades policiais na Ilha, intensa troca de tiros no Continente entre criminosos e depois com a Polícia Militar geraram uma noite de terça-feira violenta em Florianópolis. As forças de segurança decretaram estado de alerta máximo.
Por volta das 22h, um grande número de viaturas da PM foi deslocado para a região do bairro Monte Cristo, no Continente. Os relatos preliminares de policiais são de que homens armados com coletes e armas foram vistos andando nas ruas das comunidades Novo Horizonte e Chico Mendes. Um deles portava arma longa.
Uma viatura do 22º Batalhão da PM que foi para o local acabou sendo alvo dos bandidos e teve de recuar até a chegada do reforço da região, incluindo equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). De acordo com o comandante da 11ª Região, coronel Araújo Gomes, ao menos um criminoso foi baleado na troca de tiros com os policiais.
Antes, por volta das 20h30min, houve dois atentados a tiros na Ilha. O primeiro aconteceu na unidade do Choque da PM, na Agronômica, ao lado do complexo prisional, quando homens passaram atirando. Em seguida, menos de 20 minutos depois, foi a vez da 2ª Delegacia de Polícia do bairro Saco dos Limões ser alvejada.
— Eram dois homens em uma moto Twister branca que passaram atirando. Os tiros atingiram a parede da delegacia, ninguém ficou ferido — relatou a delegada Ester Coelho.
Alerta máximo entre policiais
Os atentados fizeram a Polícia Militar decretar estado de alerta máximo na Capital à noite, conforme relataram policiais à reportagem. A orientação dada foi que os PMs permanecessem com viaturas próximo das bases policiais. Isso porque havia o receio que mais unidades policiais fossem atingidas.
Por volta das 22h30min, o terceiro atentado da noite, quando criminosos atiraram contra a base da PM no bairro Monte Verde.
Tiros voltam a apavorar Continente
Pelos relatos repassados por policiais em grupos internos de comunicação, o fato mais tenso aconteceu no Continente, novamente no bairro Monte Cristo, palco de outros tiroteios este ano entre facções criminosas rivais. A região fica perto da Via Expressa, na entrada e saída de Florianópolis.
Em redes sociais na internet, mais uma vez moradores da região descreveram cenário de medo com os tiros e, apavorados, motoristas desviaram da região. Com a chegada da polícia, houve queima de fogos na área, o que é comum por criminosos para avisar a presença de policiais.
Plano de invasão
A reportagem apurou que policiais investigam que os atentados na Ilha teriam sido praticados para desviar o foco de atuação da PM e enquanto isso criminosos agiriam em uma tentativa de invasão na comunidade Novo Horizonte, no Continente. A guerra de facções pelo domínio do tráfico na região é a principal suspeita levantada por policiais experientes ouvidos pelo DC. Oficialmente, ainda não há manifestações das autoridades sobre a motivação dos crimes.(Fonte:Diário Catarinense)
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