Creluz

20170127

Homenagens marcam quatro anos do incêndio na boate Kiss

A madrugada desta sexta-feira (27) foi marcada pelas homenagens às vítimas do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, na região Central do Rio Grande do Sul, onde 242 pessoas morreram há quatro anos.
A concentração começou ainda na noite de quinta-feira (26), na Praça Saldanha Marinho. Em silêncio o público caminhou até a frente da boate, onde permaneceu até as 2h30 desta sexta, quando teve início o incêndio.
Flores, velas e mensagens foram deixadas em frente à boate em momentos de saudades, dor e revolta dos pais, amigos e familiares das vítimas.
Durante a vigília, as famílias rezaram e cantaram juntas. Até mesmo quem preferiu um momento de solidão ganhou um ombro amigo, em um momento marcado pela dor e solidariedade. Fabiana Funk,   representante da Chapecoense, equipe de futebol vitimada por um acidente aéreo, foi até Santa Maria para agradecer pelo apoio recebido após o acidente.
A programação de homenagens continua ao longo desta sexta com várias atividades a partir das 9h, com uma conversa com profissionais que atuam em atividades ligadas à tragédia, além de apresentações, musicais, culto ecumênico e a soltura de 242 balões com o nome das vítimas.
Processos na Justiça
Desde o incêndio, há quatro anos, a Justiça já recebeu mais de 370 ações com pedidos de indenização familiares de vítimas e sobreviventes da tragédia. Do total, 250 ainda estão em andamento e 20 processos já foram julgados, de acordo com a Vara Cível da Fazenda Pública.

Na semana passada, duas ações resultaram em condenação a pagamentos de indenização. Uma sobrevivente obteve R$ 20 mil para continuidade de tratamento, mas a decisão cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Já familiares de uma das vítimas conseguiram quase R$ 200 mil.
Conforme a Justiça, pelo menos 10 ações estão esperando definição do juiz quanto ao valor da indenização. O diretor do Fórum de Santa Maria, Rafael Cunha, observa que nestes casos o estado e o município têm a obrigação de recorrer. A demora dos julgamentos também se deve ao grande número de réus citados nos processos. (G1).

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