O Oceano Pacífico Sul enfrenta uma situação incomum com três
ciclones tropicais ativos simultaneamente.
Os ciclones Rae, Seru e Alfred estão em atividade durante o
pico da temporada, que ocorre entre novembro e abril.
Embora fenômenos desse tipo sejam conhecidos apenas como
ciclones na região do Pacífico Sul e como furacões no Atlântico Norte, trata-se
essencialmente do mesmo evento meteorológico. Assim como furacões são chamados
de tufões no Pacífico Norte perto da Ásia.
Segundo o professor
de ciências atmosféricas Brian Tang, da Universidade de Albany, a ocorrência
simultânea de três ciclones não é comum, mas também não é sem precedentes.
O último episódio semelhante foi registrado em janeiro de
2021, com os ciclones Lucas, Ana e Bina.
O ciclone Rae se
formou na sexta-feira ao norte de Fiji, causando ventos fortes e chuvas
intensas que danificaram plantações. Alfred surgiu na segunda-feira no Mar de
Coral e deve provocar chuvas intensas e inundações no estado de Queensland, na
Austrália, no fim de semana.
Já o ciclone Seru, que ganhou força na terça-feira, deve
passar perto de Vanuatu, mas sem atingir diretamente o país insular.
Os cientistas ainda não identificaram uma causa exata para a
formação simultânea desses ciclones, mas apontam que a alta atividade na região
nesta época do ano é um fator determinante.
O climatologista Gabriel Vecchi, da Universidade de
Princeton, destacou a presença da Oscilação Madden-Julian, um fenômeno
atmosférico que promove um aumento na umidade e chuvas ao redor do planeta e
que pode ter favorecido a formação desses ciclones no Pacífico Sul.
Vecchi reforça que a atmosfera é um sistema caótico e que
muitas variações naturais podem influenciar a ocorrência de eventos extremos.
Por isso, os especialistas seguem monitorando os ciclones para entender melhor
suas causas e impactos. (Fonte: MetSul)
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