Três meses se passaram desde o registro da primeira morte pela Covid-19 no Rio Grande do Sul e, nesta quarta-feira, o Estado atingiu a marca de 500 óbitos, uma média superior a cinco mortes por dia por conta da doença. Nas últimas 24 horas, ocorreu o registro de 23 mortes no Estado. A primeira vítima fatal do novo coronavírus em território gaúcho, foi uma mulher, de 91 anos, que faleceu no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
O número de óbitos até o momento, conforme o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), Fernando Spilki, infelizmente está dentro do esperado. “Se olhamos para a curva em ascensão como estamos tendo, lamentavelmente os números estão dentro do que poderíamos esperar desde o momento que começa o aumento da pandemia a partir da primeira e da segunda semana de maio. Ali tínhamos um número bem menor, mas como a tendência é termos uma progressão de ordem decimal, a cada mês temos notado isso no Brasil, mas agora começamos a perceber isso aqui no Estado também, infelizmente”, afirmou.
Conforme Spilki, também é preciso levar em consideração que estamos contando com um sistema de saúde ainda em condições de prestar assistência aos pacientes e, assim, evitando um número ainda maior de mortes. “Isso é fundamental, sem dúvidas. No caso de um colapso, é possível que o número de óbitos seja ainda mais expressivo”, reforçou. De março pra cá, segundo ele, houve uma alteração significativa na adesão da população ao distanciamento social: “Talvez tenhamos conseguido no início e isso ajudou a achatar um pouco a curva, mas depois tivemos liberação e as pessoas foram deixando isso de lado, foi o que acabou nos levando a esse quadro. Essa epidemia local é muito extensa se comparada com outros locais do mundo”, assinalou. (Correio do POvo)
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