Creluz

20180105

Começa construção de novas celas no presídio de FW

Amenizar os impactos da superlotação carcerária, como a possibilidade de fugas e as más condições de alojamento para os detentos, é o objetivo da construção de novas celas no Presídio Estadual de Frederico Westphalen, cujas obras tiveram início nessa quinta-feira, 4 de janeiro. A unidade está interditada pelo Poder Judiciário desde junho do ano passado e recebe presos de 17 cidades, das quais 16 colaboraram financeiramente para a ampliação, além das Comarcas Judiciais de Frederico Westphalen, Rodeio Bonito e Seberi. Na época, a cadeia estava com mais de 200 presos, mas possui capacidade para 84.

Foi quase um ano de tratativas para captação de recursos e elaboração do projeto, até que na manhã de ontem, o presidente do Conselho da Comunidade na Execução Penal, Pablo Kuhnen, o delegado penitenciário substituto da 4ª Região, Everson Hilger Cardoso, e o proprietário da Construtora Santa Vitória, Vilmar Bulegon, assinaram o contrato de obra e engenharia.

Na ocasião, a administradora da casa prisional, Adriana Rosado, lembrou que é preciso que se planeje a construção de um presídio maior para daqui sete ou oito anos, levando em conta a evolução histórica do número de apenados. "Tínhamos celas com capacidade para receber quatro apenados com 13 presos. Como duas celas vão ficar interditadas durante o período de obras, transferimos 20 detentos para outros presídios da 4ª Região e conseguimos reforço de agentes penitenciários e pedimos também da Brigada Militar, para que a comunidade possa ficar tranquila", explicou Adriana.

O tempo estimado para conclusão é de 60 dias, prorrogávies por mais 30. O delegado penitenciário substituto disse que nessa primeira etapa serão quatro celas; a segunda se concentrará na área hidrossanitária, sanando os problemas de quase uma década com o esgoto, e a terceira na construção de mais quatro celas, totalizando oito novas. "A comunidade ter se mobilizado é algo visto com bons olhos pela Susepe e pelo governo do Estado", destacou.

No mesmo sentido, o presidente do Conselho da Comunidade reforçou que a iniciativa possibilita que cenas de presos em viaturas vistas na região Metropolitana não se repitam no Médio Alto Uruguai. "A gente tem que ter um olhar para o presídio porque se não chega ao ponto que chegamos aqui, superlotação, interdição, ou como em outros lugares, onde presos ficaram em viaturas", finalizou.(Fonte: Folha do Noroeste)

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