Creluz

20171028

Motos 'do futuro' rodarão sozinhas, mas não vão substituir o piloto

A “moto que não cai”, da Honda, espantou quando foi divulgada sem muitos detalhes. A primeira impressão era de que qualquer um poderia subir nela sem experiência e se livrar do risco de ir parar no chão. Mas não é essa a função desta máquina.

Um motor – agora elétrico – consegue reequilibrar o veículo, evitando que a moto tombe. Mas ele só funciona em velocidade bem baixa, no máximo até a 4 km/h, explica Hirako Minato, da área de pesquisa e desenvolvimento da Honda.

A ideia é que ela entre em ação quando a moto estiver praticamente parada, como ao chegar a um semáforo fechado. Uma hora em que, às vezes, o motociclista relaxa e podem acontecer acidentes.

O sistema “Riding Assist” é demonstrado algumas vezes ao dia no salão. Quando isso acontece (veja no vídeo acima), a moto também percorre um trecho sozinha. A autonomia, por ora, não tem uma função no sistema em si.

Quem também anda sem piloto no evento é a Motoroid, da Yamaha. O conceito é exibido pela primeira vez, resultando do recém-criado centro de inovação da marca no Japão.

A montadora faz uso da inteligência artificial –tema também recorrente em carros no salão—para reconhecer o dono (por meio dos olhos) e estabelecer um relacionamento com ele.

Na demonstração, o piloto acena para a moto e ela vai até ele (veja no vídeo acima). Antes disso, o rosto do motociclista foi avaliado pelas câmeras de reconhecimento facial. Só então a moto liga sozinha e atende ao gesto.

Ela também memoriza os movimentos do corpo do piloto e “trabalha” com ele para uma condução mais harmoniosa. E os “braços” na traseira da moto servem para abraçar o piloto, criando a sensação de que ele e a moto são uma coisa só.

A Yamaha exibe ainda a “Motobot”, moto-robô que estava no salão em uma primeira fase, há 2 anos. Nesse meio tempo, o projeto, tocado nos Estados Unidos, evoluiu. A moto já passa dos 200 km/h e, finalmente, encarou o supercampeão de MotoGP Valentino Rossi, num duelo prometido ainda no salão de 2015.

O projeto da moto-robô surgiu há 3 anos, em parceria com o instituto de pesquisa SRI International, da Califórnia. Trata-se de um modelo “comum” que é pilotado por um robô humanoide que, desde o nascimento, visava superar o desempenho de Rossi.

Os testes acontecem sempre em circuito fechado. E, provavelmente, você não topará com o robô pilotando nas ruas. A ideia não é substituir o piloto, mas ajudá-lo.

“Ela resultará em tecnologias de assistência para a segurança”, diz o engenheiro Keiji Nishimura, que trabalha no projeto. (Fonte: G1)

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