A Polícia Civil gaúcha desencadeou, nesta terça, fase 2 da Operação Antares para combater uma organização criminosa que atua na montagem de empresas fraudadoras conhecidas vulgarmente por “araras”. Foram expedidos ao todo 14 mandados de prisão preventiva, 20 mandados de prisão temporária, 14 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de condução coercitiva, totalizando 53 medidas judiciais, para os municípios de Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Parobé, Capão da Canoa, Taquara, Rolante e Farroupilha. Oito pessoas já foram presas.
Cerca de 250 policiais de diversas delegacias participam da ação. De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), as empresas investigadas eram criadas ou estruturadas em nome de “laranjas” ou por meio de falsificação de documentos para aplicar fraudes mercantis, sobretudo aos fornecedores de produtos diversos.
Segundo nota da polícia civil, os infratores negociavam produtos pagando à vista, no momento seguinte, assim que ganhavam a confiança dos fornecedores, realizavam compras maiores com pagamento a prazo e sumiam do mercado, consumando o golpe. Antes que os fornecedores conseguissem realizar qualquer espécie de cobrança os produtos eramo revendidos por meio dessas mesmas empresas ou outras também criadas para a mesma finalidade.
A polícia identificou em diversas ações pontuais ocorridas na Capital e Região Metropolitana estabelecimentos comerciais com carga (roubada) que aparentemente eram legais, pois apresentavam notas fiscais. No entanto, os documentos eram expedidos pelas tais empresas “araras”.
Durante a investigação, cerca de 50 empresas com essa finalidade foram identificadas e monitoradas, sendo que algumas delas sofreram intervenção da polícia judiciária, notadamente quando se detectou que armazenavam carga roubada.
De acordo com o diretor da Divisão de Investigação Criminal do Deic, delegado Sander Cajal, “um comparativo entre os primeiros semestres do ano passado e deste ano demonstrou que em virtude das investigações criminais qualificadas houve uma redução significativa dos índices de roubo de cargas no estado gaúcho, na contramão do que ocorre em outros estados da federação”. (Fonte: Correio do Povo)
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