A Justiça do Trabalho da 4ª Região suspenderá nesta sexta-feira o expediente interno e externo de suas unidades administrativas e judiciárias, de 1º e 2º graus. A medida considera o anúncio de greve geral e a notícia de que o movimento pode prejudicar o funcionamento dos serviços de transporte e segurança.
Também estão suspensas a realização de audiências e sessões e o curso de todos os prazos processuais e regimentais, inclusive do sistema PJe, nas unidades administrativas e judiciárias. As medidas judiciais urgentes serão atendidas em regime de plantão. A decisão ainda considera as manifestações da Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas (Agetra), da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 4ª Região (Amatra IV) e do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no RS (Sintrajufe-RS).
No entanto, a Justiça Federal do RS informou que terá expediente normal. O Ministério Público do RS e o Tribunal de Justiça também devem ter expediente na sexta-feira. O Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no RS afirmou que os trabalhadores sindicalizados decidiram pela adesão à greve geral. A gerência executiva do INSS em Porto Alegre ainda não havia recebido comunicado oficial sobre a paralisação da categoria nessa quinta.
No transporte, o dirigente sindical da Carris, Alceu Weber, informou que, em reunião junto à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, os rodoviários definiram que haverá bloqueio em todas garagens em Porto Alegre e na Região Metropolitana.
Segurança realizará "ato conjunto"
Os sindicatos que representam os trabalhadores da Segurança Pública no RS como o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do RS (Amapergs), a União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores, Investigadores, Rádio-telegrafistas e Mecânicos policiais (Ugeirm), Sindicato dos Policiais Federais do RS (Sinpef-RS), Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Adpf) e Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais (Sinprf/RS) devem se reunir em mobilização durante a greve geral nesta sexta-feira.
As entidades realizarão um “ato conjunto da segurança”, a partir das 10h, em frente ao Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga, em Porto Alegre. Conforme o presidente da Amapergs, Flávio Berneira, todos os agentes penitenciários estão sendo convocados para participarem da greve geral, não só em Porto Alegre, como no interior do Estado. O presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, afirmou que as atividades não serão paralisadas.
“Se a gente paralisar, vamos prejudicar ainda mais a população. Não queremos trazer mais prejuízos, então optamos por realizar o ato”, explicou. Segundo Ortiz, policiais civis, federais, rodoviários federais e agentes penitenciários também estarão organizados para protestar contra as reformas que estão sendo discutidas no Congresso Nacional.
Sem corte do ponto, bancos aderem à greve
O presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, Everton Gimenis, confirmou que a categoria decidiu, em assembleia, aderir à greve geral convocada pelas centrais sindicais. O presidente disse, ainda, que os bancários não temem corte do ponto. Ele sustenta que é melhor paralisar um dia do que perder direitos adquiridos durante a carreira.
Na greve geral de 28 de abril, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal fizeram o corte do ponto e, em alguns casos, funcionários perderam até três dias de salário, contando o sábado e domingo. O Sindicato entrou na Justiça contra a medida e ainda espera reverter a situação.
Paralisação das escolas deve ser parcial
O Cpers-Sindicato irá participar dos manifestos agendados para esta sexta-feira. Com isso, não haverá aulas na rede estadual. Entretanto, isso depende da mobilização da categoria. Na rede municipal, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) também vai aderir à greve. Os professores prometer participar deste dia de mobilização.
A Direção do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro), por meio de votação online, deliberou por participar da greve. Do total de participantes, 67% votaram a favor de aderir à paralisação, 29% foram contrários e 4% se abstiveram de se posicionar. Já o Sindicato do Ensino Privado (Sinepe-RS) orienta que as instituições de ensino avaliem as condições de sua localidade para decidir sobre o seu funcionamento ou não. O Sindicato salienta o compromisso com o cumprimento do calendário escolar e dos dias letivos. (Fonte: Correio do Povo)
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