Com dois óbitos este ano, a situação da gripe no Rio Grande do Sul demonstra melhora significativa com relação ao mesmo período no ano passado, quando 111 pessoas já haviam morrido devido à influenza. Mas isso não quer dizer que a população que integra os grupos de risco no Estado devem se despreocupar e deixar de se vacinar. Por isso, ocorre no sábado o Dia D de mobilização contra a gripe. Na Capital, todas as unidades de saúde estarão abertas das 8h às 17h.
A principal preocupação do governo Estado é com as crianças, pois até agora apenas um terço delas foi vacinada. De acordo com o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo dos Reis, por causa da grande circulação de vírus no ano passado, muitas pessoas podem ter adquirido uma certa resistência. Com os pequenos nascidos recentemente, no entanto, isso não acontece por não terem tido essa convivência. “Esse é um motivo para reforçar a necessidade de vacinação em todas as crianças que têm de seis meses até 5 anos de idade”, explicou Gabbardo.
Além das crianças, outros grupos prioritários são idosos (60 anos ou mais), indígenas, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), professores, trabalhadores em saúde e em presídio, doentes crônicos (com prescrição médica) e pessoas privadas de liberdade. Conforme o secretário de Saúde, o objetivo é conseguir vacinar pelo menos 90% dos integrantes destes grupos e, ao contrário do que já ocorreu em anos anteriores, o contingente não deve ser ampliado.
Por enquanto, 50,19% da população que precisa ser imunizada foi vacinada no Rio Grande do Sul. Foram 1.751.765 doses aplicadas em uma população estimada em 3.490.581. Em Porto Alegre, a cobertura é um pouco mais baixa que o percentual do Estado. Foram 256.399 vacinas feitas em um grupo estimado em 602.244 pessoas, o que corresponde a 42,57%.
Ao todo, o Estado apresentou este ano 33 casos de influenza e apenas um deles foi confirmado como H1N1. Outros 21 apresentaram H3N2 - considerada de menor periculosidade -, cinco foram listados como influenza A não subtipado e outros seis como influenza B.
As duas mortes registradas foram em pessoas idosas e em comorbidade. Uma delas tinha pneumopatia crônica e a outra doença cardiovascular crônica. Além disso, nenhuma das vítimas tinha H1N1. Um dos óbitos foi listado como H3N2 e o outro como não subtipado. Um deles chegou a utilizar o tratamento antiviral, mas não o considerado oportuno, que é administrado até 48 horas após o início dos sintomas. As vítimas também não eram vacinadas. (Fonte: Correio do Povo)
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