Do outro lado da linha, um cabo dos Bombeiros questionava a chamada, dizendo que isto não era função deles. Foi quando o solicitante pediu o contato de um oficial. O celular foi repassado, conforme áudio da gravação que circula nas redes sociais.
A coluna Visor já havia divulgado na edição do dia a 10 nota intitulada BOMBA, relatando somente o chamado e a causa, mas ainda sem maiores detalhes. O homem, identificado inicialmente como oficial da PM, é coronel da reserva do Exército.
Mas o caso acabou tomando outra dimensão. Minutos depois da ligação para o 193, o sargento que comandava o Cobom na oportunidade recebeu outro telefonema com ordem expressa de um oficial para que enviasse uma guarnição até o endereço e verificasse o quadro da explosão. O sargento chegou a ponderar que não era papel dos bombeiros fazer limpeza no local.
Nesta segunda-feira foi confirmado que o sargento foi transferido do Cobom para atuar novamente num batalhão da corporação.
O fato provocou indignação entre soldados bombeiros e até policiais militares, que compartilharam o áudio da chamada em inúmeras redes socais.
A direção da Associação dos Praças de SC também pretende reunir-se com o comando dos Bombeiros para entender as causas da transferência do sargento, alegando que ele estaria sendo punido por "tentar fazer a coisa certa".
O comando dos Bombeiros abriu sindicância para apurar quem vazou o áudio da chamada da ocorrência. E informa que a decisão de mudar alguns militares do Cobom já era anterior ao episódio do barril de chope, com base em relatos de mau atendimento em outras ocorrências. "Nossa missão é prestar socorro imediato, sem questionar as causas. Claro que não iriamos mandar uma guarnição para limpar a sujeira do chope, mas não podemos nos negar a prestar ajuda em hipótese alguma, disse um oficial graduado da corporação."
Com base em uma rápida pesquisa no google é possível constatar relatos de explosões de barris de chope que deixaram feridos e até causaram mortes no Brasil. O comando diz que não irá aceitar qualquer tipo de insubordinação, e que já teria identificado indícios de um princípio de motim, o que é inaceitável na carreira militar. (Fonte: Diário Catarinense)
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